quarta-feira, fevereiro 07, 2007

V CICLO AGOSTINIANO - AÇORES - RELATÓRIO

FAIAL - 2 A 4 DE FEVEREIRO DE 2007

ORGANIZAÇÃO e APOIOS:
Local: Ilha do Faial
Comissária: Maria Eduarda Rosa
Organização: FaiAlentejo
Apoios: Associação Agostinho da Silva, Câmara Municipal da Horta, ALRA, Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, Direcção Regional de Turismo, Hortaludus, Cineclube da Horta, Biblioteca Pública e Arquivo da Horta, INATEL, Grupos de Foliões da Ilha do Faial, Irmandades do Divino Espírito Santo da Ilha do Faial, Juntas de Freguesia do Faial, Casas do Povo do Faial, Peter Café Sport, Restaurante A Árvore, Ecoteca do Faial, Jardim Botânico da Horta, Eduardina Rosa – Turismo Rural, Ruraltur – Casas da Arramada, Padaria Popular, SATA Air Açores, Ortin’s & Duarte, Lda. – Horta, DOP – Universidade dos Açores
Jornais: Tribuna das Ilhas; Incentivo; Correio da Horta; Jornal de Notícias
Rádio/TV: Antena 9; Programa Interilhas da RDP; Programa Bom Dia da RTP Açores; Antena 2 da RDP.
ACÇÕES/ACTIVIDADES:
27/1/2007 - Sexta-feira
– Abertura da Exposição “Agostinho da Silva – Pensamento e Acção”, no Teatro Faialense. Esta exposição estará patente ao público até ao dia 11/2/2007.
2/2/2007 - Sexta-feira,
* na Biblioteca Pública e Arquivo da Horta: Abertura das exposições (bibliográfica).
· 14:00 – Recepção pelo Exmº. Senhor Presidente da Câmara Municipal da Horta aos participantes, convidados, do V Ciclo Agostiniano – Açores.
· 14:30 – Visita guiada à Ilha do Faial, a lugares de referência ambiental para os participantes, convidados, do V CAA.
· 20:30 – Lançamento do livro: O Culto do Espírito Santo – Suas práticas no Faial, de Mário de Lemos, na Biblioteca Pública e Arquivo da Horta. (FOI ADIADO PARA DATA A ANUNCIAR)
· 21:30 - Encontro de Foliões, no Jardim da Igreja de S. Francisco (em frente à Biblioteca Pública e Arquivo da Horta).
03.FEV.07 – Sábado
HORTA
· 10:00 - Encontro “Um Agostinho da Silva”, com intervenção dos participantes convidados: Fernando Dacosta – escritor; Maria Conceição Azevedo – Especialista em Agostinho da Silva; Mário Cabral – Especialista em Agostinho da Silva; Magda Carvalho – Investigadora; Jorge Barros – Fotógrafo, Paulo Borges – Presidente da Associação Agostinho da Silva, no Centro do Mar.
· 14:30 – Encontro “Um Agostinho da Silva” (continuação).
· 17:30 – Encerramento dos Trabalhos e Lançamento de livro: Actas do IV Ciclo Agostiniano - Açores.
· 21:30 – Bailado Na Abertura do Horizonte – a cidade da utopia, pela Companhia de Dança de Lisboa, no Teatro Faialense.
04.FEV.07 – Domingo
FETEIRA
· 11:30 – Desfile das Irmandades do D.E.S. da Ilha do Faial.
· 12:00 – Missa.
· 13:30 – Função do Espírito Santo, com Sopas. E a participação das Irmandades do Divino Espírito Santo e dos Grupos de Foliões da Ilha do Faial.
· 16:00 – Leitura das Conclusões do Encontro “Um Agostinho da Silva” e discursos de Encerramento do V Ciclo Agostiniano – Açores.
HORTA
· 20:00 - Passagem do filme Agostinho da Silva ele próprio (gravação de António Escudeiro), no Teatro Faialense.

GLOBAL DE ASSISTÊNCIA EM TODAS AS ACÇÕES, 650

APRECIAÇÃO FINAL E AGRADECIMENTOS:
O V Ciclo Agostiniano, que decorreu no Faial no fim-de-semana passado, teve vários aspectos originais que vale a pena realçar.
Depois de uma curta visita à Câmara Municipal onde os convidados foram recebidos pelo Presidente, Dr. João de Castro, e agraciados com a oferta dos Anais do Município de Marcelino Lima, houve um passeio ao Jardim Botânico onde o seu Director, Dr. João de Melo, nos fez uma abordagem da flora da Macaronésia e uma visita guiada. O restaurante “Árvore” ofereceu-nos a refeição.
O encontro de Foliões programado para o Jardim de S. Francisco caso não chovesse realizou-se no átrio da biblioteca. Os grupos actuaram no alto das escadas e o público atento aplaudiu-os. Pouca gente? Sem dúvida! Foram no entanto os interessados e notou-se empenho da parte dos participantes em mostrarem da melhor forma possível os cânticos que, vindos de tão longe no tempo, fazem questão de fazer perdurar. De onde estes cânticos com sabor a Ibéria? A que tempo nos transportam o som repetido om, om-om-om ao ritmo do rufar dos tambores? Mistério que nos deixa perplexos e parados de pasmo em busca de entendimento.
O Sábado, no Centro do Mar, foi dedicado à reflexão sobre “Um Agostinho da Silva”, à volta de uma grande mesa como se de bodo se tratasse tal como tinha sido sugerido nas conclusões do IV Ciclo, além da participação dos convidados: Maria da Conceição Azevedo, Paulo Borges, Fernando Dacosta, Jorge Barros, Mário Cabral e Magda Carvalho, contou com a dos nossos conterrâneos Hélder Silva, Vanda Ângelo, Conceição Macedo, esta em representação da Senhora Directora Regional do Turismo, Maria do Céu Brito e José Manuel Rodrigues. Estas comunicações sairão em livro de actas. Nas pausas para o café, saboreámos deliciosas miniaturas gentilmente oferecidas pela Padaria Popular. O almoço foi oferecido e servido pelo e no Peter Café Sport. Para terminar em beleza o dia, o espectáculo de dança: A Cidade da Utopia, no Teatro Faialense, dedicado a Agostinho da Silva e a José Afonso cuja música de fundo, principalmente, a “utopia” e os “índios da meia praia”, vieram dar uma tónica de beleza e liberdade ao Ciclo. Nesta sala de espectáculos encontrava-se a exposição “Agostinho da Silva – pensamento e acção” organizada por Paulo Borges e Renato Epifânio da Associação Agostinho da Silva, num total de 22 painéis, o que, juntamente com o movimento, a cor e a música do espectáculo de dança veio acentuar a mensagem de Agostinho: liberdade de ser e de criar.
No Domingo, na Igreja da Feteira, os foliões voltaram a cantar. As Irmandades do Espírito Santo do Faial fizeram-se representar com os seus estandartes de seda em que a pomba, símbolo de Paz e Amor, imperou. Cantaram de novo os foliões, cantou o povo, acompanhado por guitarra e órgão durante a liturgia, ouviu-se a palavra bíblica, comungou-se do Espírito que, como dizia Agostinho da Silva, é Santo e Divino. Graças a Ele, que sabedoria a do povo perante a ignorância e o autoritarismo! No bodo, organizado pela Irmandade do Espírito Santo do Império da Caridade da Feteira, feito das mais saborosas sopas, carne cozida e assada, arroz doce, tudo regado com bom vinho, os foliões fizeram-se ouvir de novo com os Cânticos às mesas e às sopas. Cânticos perfeitamente dionisíacos de melodias muito diferentes, onde até a apreciação ao vinho “bom vinho”, tão bom que até serve Nosso Senhor, nos soube como se de facto se tivesse transformado em sangue divino, num processo alquímico já anteriormente representado na liturgia.
Encerrou-se o Ciclo, lendo-se as conclusões que aqui se publicam, com as palavras do Presidente da Associação Agostinho da Silva e do Director Regional do Ambiente e do Mar, Doutor Frederico Cardigos, que, em representação da Senhora Secretária do Ambiente e do Mar, nos acompanhou durante todo o dia até ao último evento, o filme “Agostinho da Silva – ele próprio”, no Teatro Faialense.
Foi o melhor de todos os Ciclos Agostinianos, já que não foi necessário falar-se da necessidade de respeitar a diferença como no ano anterior, pois ela desta vez foi posta em prática, quer pelo silêncio quer pela palavra.
A todos aqueles que de alguma forma colaboraram no V Ciclo Agostiniano, não esquecendo entre eles a Ecoteca, pela Dra. Rosa Dart, nem os três empreendimentos de turismo rural, Quinta das Buganvílias, Casas do Capelo e Casas d’Arramada, que ofereceram o alojamento aos convidados, muito obrigada. BEM HAJAM! Não foi em vão, acreditem!

A Comissária do V Ciclo Agostiniano,
Maria Eduarda Rosa



A Organização

Sem comentários: