segunda-feira, março 31, 2008

VI CICLO AGOSTINIANO - AÇORES

««««« BIOESFERA »»»»»
Ilha Graciosa
27, 28 e 29 de Março de 2008
De reconhecido Interesse Público por despacho de 21.01.2008 do Senhor Director Regional da Cultura

Conclusões
O nosso acolhimento na Graciosa foi, para além de caloroso, muito adequado ao tema do VI Ciclo Agostiniano – Açores uma vez que fomos levados a conhecer a Ilha nos seus aspectos mais ecologicamente representativos, como sejam a Furna do Enxofre e as Termas do Carapacho, onde pudemos contar com a presença do especialista termal Jorge Mangorrinha, parte integrante do painel de convidados palestrantes.

Este Ciclo revelou uma maturidade, manifesta nas intervenções, que deriva do facto de ter vindo a ser criado ao longo dos últimos anos um ambiente de sintonia não só pela obra, mas pelo espírito agostiniano em si. Tornou-se evidente um processo de amadurecimento, só possível por ter vindo a ser preparado pelos ciclos anteriores, em que os participantes interiorizaram a mensagem de Agostinho quando apresentava a distinção entre “seguidores” e “discípulos”. Não fazendo uma exegese do texto agostiniano, certo é que todas as intervenções se desenvolveram como variações musicais à volta de um espírito efectivamente agostiniano. Haja em vista a apresentação de Helena Briosa e Mota que considera possível encarar Agostinho da Silva como um precursor das questões ecologistas em torno da Biosfera, exemplificando com uma das palestras radiofónicas para crianças e jovens sobre a conquista do “Nanda Devi”, difundida em 1939, quando apenas em 1982 o Parque veio a ser considerado Reserva da Biosfera pela UNESCO. Isto também é notório no complexo de valores agostinianos referidos pela mesma palestrante, tais como a persistência que leva à vitória alcançada depois de fracassos anteriores, o sentido da responsabilidade, a humildade, a solidariedade, o esforço e o sacrifício, a permanente descoberta do encanto sem limites face ao mundo e a esperança no futuro, ou seja, valores humanistas face ao mundo que, sendo fundamentais ao autor português estudado, só muito recentemente passaram a ser levados a sério pela contemporaneidade. No mesmo contexto se pode ler a palestra de Mário Cabral, sobre a concepção franciscana de “natureza”, dado que o franciscanismo, como é sabido, é um dos grandes pensamentos de fundo altamente respeitado por Agostinho da Silva.

Consideradas as duas atitudes apresentadas por Magda Costa Carvalho, a saber, a atitude antropocêntrica e a atitude ecocêntrica, no geral a maior parte das intervenções foram no sentido de um compromisso que legitimasse o direito ao Homem de habitar este mundo sem os excessos utilitaristas tão do conhecimento geral, nunca esquecendo que o ser humano é parte integrante do mundo e não se enconta num ponto externo de dominação absoluta e tirânica. Contudo, Paulo Borges, citando Arne Naess, sublinhou o valor intrínseco da chamada ecologia profunda em detrimento de uma ecologia superficial e mais corrente. Apontou também como Agostinho da Silva, na linha de outros pensadores portugueses, pode ser considerado um precursor da consciência ecológica.

Esta consciência deve ser mantida pelo Homem quando está em causa a preservação de bens vitais, como a Água, que é também recurso essencial no Termalismo. A provável reabilitação das termas açorianas de Carapacho, Ferraria, Vale das Furnas e Varadouro deve constituir um inestimável instrumento de valorização do património natural, do destino turístico açoriano e do turismo de saúde e bem-estar. Segundo Jorge Mangorrinha, se o Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma dos Açores (PROTAA) define claramente as vocações turísticas para as nove ilhas, destacando para a Graciosa o Termalismo, e se a classificação desta ilha como Reserva da Biosfera lhe dá uma dimensão maior quanto ao seu reconhecimento público mas também uma maior apetência para o investimento turístico, é necessário um cuidado extremo nas questões da capacidade de carga do território e na qualidade dos investimentos.

O público não acorreu em grande número ao Colóquio, mas em compensação revelou-se atento e, mais do que isto, muito profundo nas intervenções, como sejam as daquela senhora que referiu que seria útil e muito importante que um encontro desta natureza facultasse pistas de comportamentos éticos que acompanhassem o conhecimento científico actual sobre o ambiente, reforçando a importância não apenas do amor referido por Mário Cabral, mas sobretudo da esperança e da fé; e o daquela outra assistente que referia a necessidade de informar os políticos de todas estas reflexões, dado que eles são os responsáveis pelo desenraizamento das pessoas do seu próprio meio ambiente, o que a custo permitirá o desenvolvimento do amor indispensável à salvaguarda do bem-estar humano e da protecção da natureza. De resto, esta intervenção é tão mais profunda quanto no painel da tarde ouvimos a comissária do ciclo, Maria Eduarda Rosa, ler a comunicação de Eduardo Dias, muito em consonância com esta ideia do afastamento progressivo do homem em relação ao seu meio natural e das consequências que daí derivam na estrutura familiar, moral e política.


A grande participação do Povo deu-se no último dia na festa do Espírito Santo onde desfilaram 14 Irmandades e três grupos de Foliões. Os estandartes vermelhos encimados pela pomba, as coroas de prata, as crianças que foram coroadas muitas delas de branco e as loas e as danças dos Foliões, deram à vila de Santa Cruz da Graciosa um movimento e um colorido singulares, provocando uma grande emoção colectiva.

Durante todos estes dias, contámos sempre com a presença fiel e cordial da grande voz portuguesa de Manuel Freire que encerrou o VI Ciclo Agostiniano – Açores com um espectáculo poético-musical de grande qualidade.

29 de Março de 2008
A Organização

sábado, março 22, 2008

VI CICLO AGOSTINIANO - AÇORES


BIOSFERA
27 a 29 de Março de 2008
ILHA GRACIOSA

A FaiAlentejo volta a empenhar-se na organização do VI Ciclo Agostiniano - Açores, que decorrerá, como é do domínio público, de 27 a 29 de Março de 2008, na ilha Graciosa.

Este evento é aberto a toda a gente.

No Primeiro dia – 27 de Março de 2008 - provocaremos uma tertúlia onde poderemos conhecer melhor: o homem, o filósofo, o visionário, enfim Agostinho da Silva.

No Segundo dia – 28 de Março de 2008 – no Centro Cultural da Graciosa faremos o Encontro sobre a BIOSFERA, onde participam vários oradores. Será aberto pelo Exmº. Senhor Presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa. No final do dia poderemos assistir ao filme “Agostinho da Silva Ele próprio” de António Escudeiro.

No Terceiro dia – 29 de Março de 2008 – Partilharemos uma Função do Espírito Santo, com desfile das Irmandades e dos Foliões da ilha Graciosa. No final da mesma serão lidas as conclusões do Encontro sobre a BIOSFERA.

Para terminar em beleza assitiremos a um Momento Musical no Centro Cultural da Graciosa onde imperará Manuel Freire.

Durante o ciclo haverá:
Feira de Livros de Agostinho da Silva (recentemente editados) e da FaiAlentejo.
Exposição Bibliográfica constituída pelas obras de Agostinho da Silva.
Exposição “Agostinho da Silva – Pensamento e Acção”.

De realçar a presença neste VI Ciclo Agostiniano – Açores de:
Paulo Borges, Professor do Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde trabalha nas áreas de Filosofia da Religião, Filosofia em Portugal e Antropologia e Cultura e integra o projecto de investigação “A Filosofia e as Grandes Religiões do Mundo”. Membro e investigador do Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, onde coordena o projecto “Agostinho da Silva: estudo do espólio” e integra o projecto “A questão de Deus. História e Crítica”. Doutorou-se em 2000 com uma dissertação sobre Metafísica e Teologia da Origem em Teixeira de Pascoaes.
Helena Briosa e Mota, é professora do 2º e 3ª ciclos do Ensino Básico. Dedica-se à investigação da obra pedagógica de Agostinho da Silva, objecto da sua tese de doutoramento, em curso. É responsável pela edição dos volumes de Pedagogia integrados nas Obras de Agostinho da Silva (Lisboa, Âncora Editora e Círculo de Leitores, 1999-2003).
Mário Cabral, licenciado em filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1986). Doutorado com a tese em: Via Sapientiæ: da Filosofia à Santidade – a Matriz Cristã do Pensamento Contemporâneo Português a partir de Delfim Santos, Teixeira de Pascoaes e Agostinho da Silva. Professor na Terceira.
Magda Carvalho, é Assistente no Departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais da Universidade dos Açores. Tem leccionado as disciplinas de Filosofia em Portugal e Filosofia Moderna, da licenciatura em Filosofia.
Jorge Mangorrinha, é licenciado em Arquitectura, pela Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, e Mestre em História Regional e Local, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É doutorando em Urbanismo, na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Pertence aos quadros técnicos da Câmara Municipal de Lisboa e é Coordenador Científico do Rastreio e Levantamento dos Conjuntos Termais Portugueses (Ministério da Cultura).
Maria Eduarda Rosa, professora. Artista plástica. Comissária dos Ciclos Agostinianos - Açores.
Agradecemos a melhor Divulgação.
O Nosso Bem Hajam!
FAIAlentejo

quinta-feira, março 20, 2008

VI CICLO AGOSTINIANO - AÇORES

CENTRO CULTURAL DA GRACIOSA

29.MAR.08 – (SÁBADO) ÀS21:30

Momento musical com Manuel Freire



Manuel Augusto Coentro de Pinho Freire, nasce a 25 de Abril de 1942 em Vagos. Em 1945 vai para Ovar, onde vive mais de 40 anos, residindo desde 1988 em Vieira de Leiria.
...
Em Setembro de 2003 é eleito para Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores.
DADOS SOBRE ACTIVIDADE SOCIAL/POLÍTICA/MUSICAL – Em 1958 participa activamente na campanha de Humberto Delgado para a Presidência da República, participando também nas campanhas eleitorais de 1969 e 73. Faz parte da organização dos “Congressos Republicanos” de Aveiro em 69 e 73.
Com 14 anos é co-fundador de uma colectividade, “Grupo Atlético Vareiro”, sendo dela eleito dirigente por várias vezes até 1974. Em 1982 é co-fundador de uma cooperativa cultural, “Sem-Margem”, e de um Jornal quinzenário, “Terras do Var”.
Nos últimos anos, cumpre dois mandatos como dirigente do “Sport Operário Marinhense”, colectividade da Marinha Grande.
Desde os 16 anos é activista cultural, político e social, tendo sido por várias vezes eleito delegado sindical e membro da “Comissão de Trabalhadores” de “F. Ramada”.
Em Maio de 74 é eleito membro da “Comissão Administrativa” da Câmara de Ovar, nela permanecendo até´à sua extinção. Em 1978 é eleito vereador da mesma Câmara. Desde 74 é candidato inúmeras vezes às “Autárquicas”, “Legislativas” e “Europeias” pelo MDP/CDE,FEPU, APU e CDU.
Em 1995 é-lhe atribuída pela Presidência da República a “Ordem da Liberdade” e em 1996 recebe a “Medalha de Prata” do Concelho de Ovar.
Começa a cantar muito novo, compondo músicas para poemas de diversos autores Portugueses, Brasileiros e Franceses. Seguindo o caminho apontado por José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, põe desde logo a sua actividade nesse campo ao serviço das causas da Educação, Democracia e Liberdade, cantando de Norte a Sul de Portugal ( e em vários outros países) para Colectividades Populares, Sindicatos, Associações de Estudantes, Ass. Culturais, Recreativas, JOC, LOC, JEC, Autarquias, etc.., ultrapassando já de longe o milhar de espectáculos. Compõe e interpreta música para Teatro e Cinema. Um texto que escreveu para uma canção, “Eles”, figura em diversos livros de ensino como introdução ao tema da Emigração. Participa em inúmeros programas de Rádio e Televisão, gravando vários discos (discografia anexa).
Em 1969 recebe o prémio da “Casa da Imprensa” e em 1970 o prémio “Pozal Domingues”.



DISCOGRAFIA de Manuel Freire
1968 Dedicatória / Livre / Eles / Pedro Soldado - EP-Tecla
1968 Lutaremos Meu Amor / Trova / Trova do Emigrante / O Sangue Não Dá Flor - EP-Tecla
1968 Lutaremos Meu Amor / Trova - Single-Tecla
1970 Pedra Filosofal/Menina dos Olhos Tristes - Single-Zip-Zip
1971 - Dulcineia / Poema da Malta das Naus / Canção / Fala do Velho do Restelo ao Astronauta - EP-Zip-Zip
1971 Manuel Freire (LP contendo os Eps da Tecla, anteriormente editados) - LP-Tecla
1972 Pedro Só - Single
1973 Pequenos Deuses Caseiros / Abaixo D. Quixote / Menina Bexigosa / Ouvindo Beethoven - EP-Zip-Zip
1974 Manuel Freire (LP contendo os Singles e Eps anteriormente editados pela Zip - Zip) - LP-Zip-Zip
1977 Que Faço Aqui / Um Dia - Single
1978 O Sangue Não Dá Flor (reedição dos primeiros discos) - LP-Tecla
1978 Devolta - LP-Lamiré
1986 Cais das Tormentas (canção incluída no duplo álbum “100Anos de Maio”) - 2LP-CGTP
1993 CD “Pedra Filosofal” - Strauss
1997 CD “Florestas em Movimento” - De F005
1997 Lágrima de Preta (canção incluída no CD “Sons de Todas as Cores”
1998 Gaivota (canção incluída no CD colectivo “Pelo Sonho É Que Fomos” e voz em várias faixas)
1999 CD “As Canções Possíveis” c/ poemas de José Saramago - Caminho
2000 Participa, interpretando uma canção, no CD “Uma Escola Para Timor Loro Sae”,edição da FENPROF
2002 Participa, interpretando um tema, no CD “Por Sendas, Montes e Vales” da Brigada Victor Jara
2006 Grava e edita com Vitorino e José Jorge Letria o CD “Abril, Abrilzinho”



terça-feira, janeiro 08, 2008

VI CICLO AGOSTINIANO - AÇORES



VI CICLO AGOSTINIANO – AÇORES
««««« BIOESFERA »»»»»
27, 28 e 29 de Março de 2008
De reconhecido Interesse Público por despacho de 21.01.2008 do Senhor Director Regional da Cultura



Local Ilha Graciosa1
Comissária Maria Eduarda Rosa
Organização FaiAlentejo, Associação Agostinho da Silva
Apoios: Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa, SRAM, ALRA, Direcção Regional de Turismo, INATEL

27.MAR.08 – (QUINTA-FEIRA)
14:00 – Recepção aos participantes, convidados, do VI Ciclo Agostiniano – Açores.
14:30 – Visita guiada à Ilha Graciosa, a lugares de referência ambiental para os participantes, convidados, do VI CAA.
20:30 – Lançamento do livro: Actas do V Ciclo Agostiniano - Açores.
21:00 – Tertúlia Sobre Agostinho da Silva

28.MAR,08 – (SEXTA-FEIRA)
10:00 - Encontro “BIOESFERA”, com participação de: Mário Cabral, Helena Briosa e Mota, Magda Carvalho, Paulo Borges, Jorge Mangorrinha, Eduardo Dias, entre outros.
14:30 – Encontro “BIOESFERA” (continuação).
17:30 – Encerramento dos Trabalhos.
21:00 - Passagem do filme Agostinho da Silva Ele Próprio, gravação de António Escudeiro.

29.MAR.08 – (SÁBADO)
11:30 – Desfile das Irmandades do D.E.S.
12:00 – Missa
13:30 – Função do Espírito Santo, com Sopas e a participação das Irmandades do Divino Espírito Santo
16:00 – Leitura das Conclusões do Encontro “BIOSFERA” e discursos de Encerramento do VI Ciclo Agostiniano – Açores,
21:30 – Momento musical com Manuel Freire.


DURANTE O CICLO:

- Feira do Livro

- Exposição Bibliográfica constituída pelas obras de Agostinho da Silva.

- Exposição “Agostinho da Silva – Pensamento e Acção”.


1Classificada pela UNESCO como Reserva da Bioesfera “A reserva inclui os habitats costeiros e as florestas verdejantes onde vivem numerosas espécies de aves, morcegos, moluscos e antrópodes. Agricultura, produção de vinho e criação de gado são as formas tradicionais de sustento dos habitantes desta ilha culturalmente diversificada.”
Peça informações para saber como se pode inscrever
www.agostinhodasilva.pt/

2008
FAIAlentejo